Vem da campina onde o sol se deita,
do regalo de terra que o teu dorso ajeita,
e dorme serena, no sereno e sonha.
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita,
do mato, do medo, da perda tristonha,
mas que o sol resgata, arde e deleita.
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda...
é teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções.
As tempestades do tempo que marcam tua história,
fogo que queima na memória e acende os corações.
Sim, dos teus pés na terra nascem flores,
a tua voz macia aplaca as dores,
e espalha cores vivas pelo ar.
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras,
sete lagoas, mel e brincadeiras
espumas, ondas, águas do teu mar.
- Almir Sater ( cantada por Paula Fernandes - JEITO DE MATO )
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